Escrito por Rodrigo Gasparini FrancoEm um cenário econômico desafiador, muitos microempreendedores e pequenos empresários buscam maneiras de otimizar seus custos e aumentar a rentabilidade de seus negócios. Uma das estratégias mais eficazes para alcançar esse objetivo é a redução de tributos e encargos trabalhistas. Abaixo apresento algumas dicas práticas que podem ajudar nesse processo.
Primeiramente, é fundamental que o empresário conheça bem o regime tributário em que sua empresa está inserida. No Brasil, existem diferentes opções, como o Simples Nacional, o Lucro Presumido e o Lucro Real. O Simples Nacional, por exemplo, é uma alternativa vantajosa para micro e pequenas empresas, pois unifica diversos tributos em uma única guia e oferece alíquotas reduzidas. Realizar um planejamento tributário adequado pode resultar em uma economia significativa. Por isso, consultar um advogado especializado é essencial para entender qual regime é mais benéfico para o seu negócio. Outra estratégia importante é a correta classificação das despesas. Muitas vezes, empresários deixam de aproveitar deduções fiscais por não registrarem adequadamente suas despesas. É crucial manter um controle rigoroso sobre todos os gastos da empresa, desde contas de luz e água até despesas com materiais e serviços. Ao categorizar essas despesas corretamente, é possível reduzir a base de cálculo dos tributos, resultando em uma carga tributária menor. Além disso, o empresário deve estar atento às oportunidades de incentivos fiscais oferecidos por governos federal, estadual e municipal. Existem programas que visam estimular o desenvolvimento de pequenas empresas, como isenções e reduções de impostos em determinadas regiões ou setores. Pesquisar e se informar sobre esses incentivos pode ser uma forma eficaz de aliviar a carga tributária. No que diz respeito aos encargos trabalhistas, uma das principais dicas é a formalização da empresa e a regularização da situação dos colaboradores. Embora possa parecer um custo adicional, a formalização traz benefícios a longo prazo, como a possibilidade de acessar linhas de crédito e participar de licitações. Além disso, a contratação de profissionais por meio de contratos de prestação de serviços pode ser uma alternativa para reduzir encargos, desde que respeitadas as legislações trabalhistas. Outra opção é a adoção do regime de trabalho intermitente, que permite a contratação de funcionários para períodos específicos, reduzindo os custos com encargos trabalhistas. A implementação de programas de capacitação e treinamento para os funcionários também é uma estratégia valiosa. Investir na formação da equipe pode aumentar a produtividade e, consequentemente, a rentabilidade do negócio. Funcionários bem treinados tendem a cometer menos erros e a serem mais eficientes, o que pode resultar em uma redução de custos operacionais. A negociação com fornecedores também é uma prática que pode gerar economia. Estabelecer parcerias sólidas e buscar condições mais favoráveis de pagamento pode ajudar a reduzir os custos com insumos e serviços. Além disso, o empresário pode considerar a compra em maior volume para obter descontos, mas é importante avaliar se essa estratégia não comprometerá o fluxo de caixa. Por fim, a tecnologia pode ser uma grande aliada na redução de custos. A automação de processos, por exemplo, pode diminuir a necessidade de mão de obra e aumentar a eficiência operacional. Ferramentas de gestão financeira e de controle de estoque ajudam a monitorar gastos e a identificar áreas onde é possível economizar. Em resumo, a redução de tributos e encargos trabalhistas é uma tarefa que exige planejamento e conhecimento. Ao adotar estratégias como a escolha do regime tributário adequado, a correta classificação de despesas, a busca por incentivos fiscais, a formalização da empresa e a negociação com fornecedores, o microempreendedor pode não apenas reduzir custos, mas também garantir a sustentabilidade e o crescimento do seu negócio. Com dedicação e informação, é possível enfrentar os desafios do mercado e prosperar.
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Escrito por Cezar Augusto BatistaO autor Aluísio Tancredo Belo Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís do Maranhão, MA, em 14 de abril de 1857 e faleceu em Buenos Aires, Argentina em 21 janeiro de 1913. Jornalista, escritor, diplomata, caricaturista e membro fundador da Academia Brasileira de Letras, Cadeira nº 04, cujo Patrono é Basílio da Gama.
Apenas por curiosidade: Artur Azevedo (1855-1908), também escritor, era seu irmão, enquanto o poeta Álvarez de Azevedo (1831-1852), pelo que se pesquisou, não era parente dos Azevedos do Maranhão. Os seus romances mais conhecidos são: O mulato (1881), Casa de pensão (1884) e este sobre o qual falaremos, lançado em 1890. Trata-se de um excelente retrato do Rio de Janeiro do século XIX, em especial das classes mais baixas, destacando-se pouco as emergentes, se é que podemos assim denominar. Nesse caso – emergente - é citada uma família que vem morar ao lado de um cortiço, onde se passa a maior parte da história, com riquezas de detalhes entristecedores, dada a nudez dos fatos descritos, e cujo patriarca, com poucos recursos financeiros, consegue o título de Barão, conquista essa não bem explicada. A autoestima do homem, agora barão, é elevada com a distinção, em se comparando com a do proprietário do cortiço, pequeno comerciante local que enriquece com muito trabalho e sovinice e vai construindo o que se transforma na propriedade alugada aos moradores simples e de pouca posse, na sua maioria imigrantes portugueses, negros e alguns poucos italianos. O comerciante e proprietário imobiliário que sempre se sentira maior que o vizinho, agora passa a ter inveja do mesmo e fica se amargurando, pensando se valeu a pena ser tão miserável e não viver a não ser para o trabalho. Era amasiado com uma mulher, que também só pensava em trabalhar e não tinham filhos, enquanto o outro constituíra uma família nos moldes tradicionais. Outro aspecto que me chamou a atenção foram certas abordagens do autor, que hoje poderiam ser enquadradas como racismo, algumas, e outras como homofobia. As festas, as bebedeiras, as amizades, as traições, as brigas, assim como a fraternidade e o auxílio mútuo entre os moradores do cortiço e mostrados no livro, para mim, representam o início das favelas ou comunidades hoje existentes na maioria das cidades brasileiras. Com uma grande e importante diferença: a não citação sobre drogas ilícitas, hoje motivos de declínio do homem, da família e, consequentemente, da sociedade. Alguns religiosos do século passado ou que ainda seguem os “Puritanos” do credo presbiteriano rigorista praticado na Grã-Bretanha no século XVI, consideram os meus livros muito fortes no sentido de luxúria, em especial os: “Sangue e Sedução”, “O desfecho, “Jack, o pequeno sedutor”, contudo “O cortiço” publicado em 1890 não fica atrás deles nesse aspecto. Há cenas explícitas de adultério, de lesbianismo, bem recheadas de sensualidade e praticadas nos campos ou nas alcovas. Nos livros clássicos ou de literatura regional, sempre se encontram termos diferentes que, normalmente, não são muito utilizados. No “O cortiço”, a princípio não prestei atenção neles, depois passaram a me despertar maior curiosidade, e cito alguns: surumbamba, dobadoura, farândola, petrópolis, martelo. Estupenda descrição, até mesmo poética, da chegada da menstruação de uma adolescente. Nunca li algo semelhante e não posso colocá-la aqui, dada a extensão do texto. E assim decorre a obra, transmitindo grande tristeza o tempo todo, e poucas alegrias, encaixando-se no contexto do naturalismo, corrente literária baseada na radicalização do realismo, com um final dentro do esperado. Escrito por Cezar Augusto BatistaO meu neto Davi Manzoli Batista leu o livro acima destacado, gostou e me emprestou.
Philip Marlowe é o personagem principal dos livros de Chandler, assim como Hercule Poirot é o de Agatha Christie, Sherlock Holmes o de Arthur Conan Doyle, Comissário Maigret o de Georges Simenon e, aqui, devemos citar Edgar Alan Poe, considerado o criador do gênero ficção policial. Marlowe não tem família, nem parente algum, mora sozinho em imóvel simples e trabalha como detetive particular, não se importando com dinheiro. O básico, o essencial, está de bom tamanho para ele. Possui personalidade forte, não mede as palavras e é muito sincero nas suas observações. Não chega a ser alcoólatra, mas gosta de bebidas alcoólicas e bebe muito. A trama é muito bem desenvolvida, as trezentos e noventa páginas são lidas sem tédio, devido a narração ser feita de forma a prender o leitor e lhe proporcionar desejo de saber mais. Por acaso, ele se envolve com pessoas de classe alta e desequilibradas emocionalmente, e se depara com muitos problemas, alguns dos quais consegue desvendar. Esses casos emblemáticos, a princípio desvinculados, ao longo do texto vão se encaixando e montando o quebra-cabeças. O narrador do livro é o próprio detetive Marlowe que, mesmo na solução dos crimes, diz o que ocorreu de forma natural, sem apresentar provas ou as apresenta de maneira superficial. Como diria Sherlock Holmes ao seu assistente: “elementar, meu caro Watson”. Marquei este parágrafo, porque sempre penso nisso, comparando com os meus trabalhos. Em média eles são de cento e vinte páginas, e muitas pessoas que os ganham ou os adquirem não conseguem lê-los e, creio que a maioria deles é interessante, muitos leitores os elogiam. O parágrafo é “o público gosta de livros grandes. Os idiotas acham que se um livro está cheio de páginas está cheio de riquezas". Em parte, concordo com o autor, apesar de que pouquíssimos leem, ainda mais obras extensas, contudo a qualidade literária pode estar tanto em extensas quanto em curtas. No caso trata-se de um bom livro, sem dúvidas, não devendo compará-lo com outros autores do gênero. Outro parágrafo que cito: “Claro, há milhares de anos. Principalmente nos grandes momentos da arte. Atenas, Roma, a Renascença, a Era Elisabetana, o movimento romântico na França... tudo cheio deles. Veados por toda parte. Já leu The Golden Bough? Não, é grande demais pra você. Mas há versões condensadas. Devia ler uma. Prova que os nossos hábitos não passam de puras convenções, como a de usar gravata-borboleta preta com o dinner jacket. Eu. Eu escrevo sobre sexo. Mas com penduricalhos e careta”. Observem que Raymond Chandler viveu de 1888 a 1959 e o livro em comento foi publicado pela primeira vez em 1953. Não considerei a obra muito enigmática. De modo geral, desconfiava como seriam os desfechos dos diversos casos misteriosos narrados. Em algumas passagens o autor descreve, até poeticamente, algumas paisagens o que embeleza a obra. Escrito por Cezar Augusto BatistaEm seu primeiro trabalho literário publicado, o médico e professor José Alberto nos traz um livro cativante, rico em detalhes e, como homem da ciência, explica-nos, de forma amena, alguns aspectos da medicina e suas doenças.
Descreve a cidade de Sales Oliveira, seus amigos de infância, parentes e muitos fatos curiosos, como se estivesse vendo-os, tamanha é a lembrança de tudo. Dentro das crônicas engloba a geografia e o desenvolvimento econômico regional. Como não poderia deixar de ser, o que ocorre em todas as cidades pequenas, em Sales também existiram alguns tipos populares e foram bem abordados pelo autor. Fui transportado ao meu tempo de criança, com os folguedos de rua junto aos amigos, alguns dos quais até hoje conservo, ao grupo escolar, enfim: um feliz retorno ao passado. O autor revela extensa cultura geral, dissertando sobre filmes antigos e novos, músicas de hoje e ontem, com seus respectivos intérpretes e mesmo radionovelas, deixando de citar uma que eu ouvia, sempre, quando menino: "Jerônimo, o herói do sertão”, a qual depois transformou-se em telenovela. Longe de ser um livro de autoajuda, contra o qual nada tenho, mesmo porque muitos ajudaram-me e escrevi alguns, todavia ele, em seu âmago, nos revela muitas lições de humildade, gratidão e comportamento para o enriquecimento de nosso caráter. Em um dos casos ressalta o valor da FEB e o descaso com ela por parte dos "aliados" e suas mídias e conta pormenores ouvidos de "pracinhas" que lá estiveram. Encerrando a obra e para torná-la ainda mais real, o Dr. José Alberto cita as dificuldades pelas quais a família passou, em determinado período, o que não é raro em um país em desenvolvimento, com tantos altos e baixos na Economia, e muitas pessoas querendo levar vantagem em tudo. Além da descrição minuciosa da "Sales Oliveira de 1940 e pouco mais", chama-nos a atenção a capacidade do escritor, como ser humano, de cultivar suas amizades com pessoas de todas as camadas sociais e tentar acompanhá-las durante toda a vida. Escrito por Cezar Augusto BatistaO autor nasceu em 1982 na França e lá reside. Além deste, publicou mais dois: “Eu estou no controle” e “Alfie”.
Há um bom tempo não lia um livro em tão pouco tempo: 174 páginas em dois dias. O que demonstra que a obra me envolveu de tal forma que fui levado até o final com facilidade e regozijo. Trata-se de ficção dentro de literatura infanto-juvenil, porém traz ensinamentos importantes a todos que se dispuserem a lê-lo. A história é, de certa forma, simples e rotineira. Um jovem com os seus problemas, suas dificuldades pessoais e familiares, o distanciamento do irmão que vai se casar, primeira namorada, relacionamento com amigos que procuram diminui-lo, principalmente após ele sofrer um acidente praticando o seu esporte favorito. O ponto alto da obra, segundo a minha visão, é quando esse jovem, a personagem central, arruma trabalho, em uma biblioteca, no qual tem que entregar livros a determinados leitores. Assim conhece um leitor que guarda interessante segredo do passado e começa a lhe ensinar, a dar-lhe inteligentes sugestões de como elaborar um belo conto e até mesmo um livro. Nesses pontos da história, encontramos as partes mais importantes, em especial para quem escreve ou deseja escrever. Vejam as observações do ledor misterioso: 1) “você tem que atrair a curiosidade do leitor e prendê-lo, independente sobre o quê está dissertando”; 2) “uma narrativa pode ter três tipos de narrador: onisciente, que sabe tudo, inclusive o que os personagens pensam; observador, que não sabe o que se passa na cabeça dos personagens e se contenta em relatar o que vê; ou um narrador que adota o ponto de vista de um personagem”; 3) “escrever é como passar uma camisa. Precisamos repetir o mesmo gesto, de novo e de novo, até que todas as dobras desapareçam. Teimosia se faz necessária; 4) “em um bom romance, os personagens devem ser realistas e coerentes. Isso significa que às vezes devem agir de maneira incompreensível”; 5) “na literatura o objetivo não é ser realista, ao extremo, mas interessante”. No decorrer da narrativa, mais para o final, será explicado o porquê do título, outra grande lição para os escritores. A finalização do romance ocorre de forma natural, digamos assim, sem exageros fora da realidade, e sem tender muito para água com açúcar. Quase todas as dúvidas são esclarecidas, mesmo assim há possibilidades de continuar a história. Escrito por Cezar Augusto BatistaEm três dias reli a 97ª edição/2017 – 446 páginas da consagrada obra “Cem anos de solidão” do Nobel Gabriel Garcia Márques, que eu lera quando bem jovem, provavelmente a 1ª edição/1967. Sem dúvidas é um trabalho minucioso, admirável do ponto de vista da criatividade e da capacidade do autor de narrar tantos fatos com tantos personagens e tantos detalhes. E além dessa, publicou mais 18 obras literárias, 05 jornalísticas e 05 infanto-juvenis.
Longe de mim, querer passar por crítico literário. Apenas gosto de comentar alguns livros por puro prazer e também para que alguns leitores confrontem a sua interpretação com a minha, caso desejem. Um trabalho fantástico onde Gabriel Garcia Márques aborda muitos aspectos do cotidiano através de gerações de uma família, mostrando que a vida é formada por ciclos repetitivos. Para se ter ideia exata, obrigatoriamente tem que ler o livro todo e com atenção, o que é um verdadeiro deleite. Ressalte-se o humor em várias passagens, o que considero pertinente aos grandes escritores. Uma observação que me sinto obrigado a fazer, com referência a esse romance colombiano de acordo com a catalogação oficial, é quanto a alguns termos de baixo calão utilizados e que desconheço se consequência ou não da tradução e que para mim não constitui um problema devido à liberdade de criação e de escrita e, devidamente, encaixados na narrativa, mas alguns podem considerar que não cabem pelos nomes e premiações do autor e da obra. Também há muitas mortes das mais diversas maneiras como: fuzilamentos, picadinho de criança, decapitação, etc, o que não tornou a obra pesada, nem desagradável e, muito menos a desvalorizou. Cito três parágrafos, dois juntos e um isolado, pelo valor da ideia neles contida, a fim de que pensem se são as próprias personagens (?!), se são os “modelos” que o escritor escolheu, ou se foi o próprio narrador que afirmou. 1) Alfonso meteu um maço de páginas nos bolsos, que andavam sempre cheios de recortes de jornais e manuais de ofícios estranhos, e numa noite os perdeu na casa das mocinhas que se deitavam com eles por fome. Quando o avô sábio ficou sabendo, em vez de fazer o tão temido escândalo comentou, morrendo de rir, que aquele era o destino natural da literatura. 2) O mundo terá se fodido de vez – disse então – no dia em que os homens viajarem de primeira classe e a literatura no vagão de carga. Escrito por Cezar Augusto BatistaTerminei de ler o "Sem meias palavras - história básica do cristianismo", e o apreciei dadas a desenvoltura do tema e os toques satíricos. Fica evidenciada sua grande cultura geral.
Mesmo não concordando, plenamente, com suas teses, apesar de não ter lido ou estudado muito sobre o assunto, considero um livro de suma importância do ponto de vista histórico-religioso, trazendo, também, aspectos sócio-econômicos e algumas curiosidades dos tempos de Jesus. Além do que, fruto de sua profunda e longa pesquisa, é uma obra enriquecedora e útil como fonte para quem desejar conhecer mais e buscar fundamentos contrários ou a favor da sua dissertação, como você mesmo diz no trabalho. É uma pena termos tanta dificuldade para publicarmos e distribuirmos nossos livros em larga escala, pois tenho certeza de que este seu título seria alvo de grande e selecionado público, trazendo muita polêmica e luz sobre o assunto. Escrito por Cezar Augusto BatistaOdete, enfermeira-padrão, cuidadora de corpos físicos com o carinho que conhecemos da maioria dessa categoria profissional, depois cursou e estudou Filosofia e, com sensibilidade e inteligência, passou a nos brindar com a sua literatura.
Trata-se de um profundo trabalho de pesquisa virtual, em bibliotecas e, mais uma vez, visitando locais correlacionados com os fatos narrados. Na obra a autora aborda de forma objetiva o progresso do Pensamento, ou seja: mitológico, religioso e científico, bem como a teoria da evolução. Ressalta a importância de Martin Luter (Martinho Lutero) para a abertura de novos caminhos religiosos, com isso trazendo, claro, significativas mudanças sociais e, mesmo, econômicas. Apresenta-nos original conexão entre os trabalhos de Charles Darwin, Allan Kardec e Martinho Lutero. Ilustra todo o livro, buscando opiniões de reconhecidos autores, inclusive quando aborda o momento de pandemia pelo qual passamos, assim como o adorna com várias fotos. Entendemos que os pontos de vista e as interessantes narrativas históricas sobre o Brasil e o mundo, convergem para um objetivo maior, o mais buscado no trabalho, que é o inter-relacionamento com a escravatura, a comercialização mundial de seres humanos e seus reflexos negativos que, tristemente, perduram até os nossos dias. A obra, em comento, além de prazerosa sua leitura, nos proporciona valiosos ensinamentos, sendo útil para estudantes, historiadores e outros pesquisadores. Cezar Augusto Batista Membro Efetivo da Academia Ribeirãopretana de Letras – Cadeira nº 29 Escrito por Cezar Augusto BatistaEm 2019 publiquei um Ensaio literário de título “O pecado oculto", no qual abordo o sentimento da inveja sobre vários pontos de vista. Para escrevê-lo, fora as minhas vivência e observação procurei ler bastante sobre o assunto. Dos livros que li, cito adiante três deles, dos quais fiz algumas observações que considerei interessantes e que trago para vocês.
“INVEJA” - de Joseph Epstein Analisa o sentimento que intitula o livro, adentrando a várias nuances que ele pode apresentar. Compara-o com ciúme, ressentimento e outros, sempre de uma forma satírica e bem humorada. Importante a sua abordagem sobre a vida dos judeus, deixando a interrogação de, até que ponto, a sua perseguição deveu-se à inveja que outros povos tinham do seu progresso, principalmente material, e hoje tecnológico e científico. Quero destacar, também, a coragem do autor em se expor como, vez ou outra, não imune à inveja. “INVEJA – o inimigo interior”, de Bob Sorge Tenho lido livros sobre a inveja, que me emprestam ou compro. A princípio para me ajudarem a escrever a respeito, agora, também pelo prazer de aprender e me conhecer melhor. Este trabalho é digno de louvor, principalmente, pela coragem do autor, pastor protestante norte-americano, em revelar as suas fraquezas contando casos pessoais e das relações entre igrejas da mesma religião, onde em muitas oportunidades imperam a competição, o ciúme e até a inveja, segundo o próprio. Mesmo não sendo leitor da Bíblia, e considerar grande o número de citações, foi-me gratificante a leitura. Fez-me bem. E mais uma vez, consiste em um chamado para a importância do autoconhecimento, conforme dito no livro “Ame-se” (de minha autoria) em outras palavras, para tentarmos desenvolver nossas virtudes e auxiliar o próximo a fazê-lo, bem como procurarmos dizimar os nossos vícios, também colaborando com o próximo para combater os seus. “INVEJA” - de Anna Godbersen Belo romance, apesar de “água com açúcar” para o meu gosto, lançado no Brasil em 2012 e que se desenrola no início do século XX (1900), narrando a vida dos aristocratas de Nova Iorque, bem como da classe dos, hoje denominados, emergentes ou novos ricos. Tudo isto em um enredo bem tramado. Algo que me chamou a atenção é que, já naquela época, perto dos hotéis litorâneos em Miami Beach, havia fiscais do decoro que aceitavam propina para não “enxergarem”! O final é, até certo ponto, surpreendente e um pouco menos “final feliz” como das novelas televisivas. Penso, também, que um dos títulos: “Hipocrisia ou Dissimulação ou Frivolidades” cairia melhor. Escrito por Cezar Augusto BatistaImportante biografia de José Padilla Bravos, jornalista, escritor, ativista político e cultural, funcionário público estadual, entre outras atividades, conhecido por José Arnaldo, nascido na cidade de Avaí, SP, no ano de 1922, e falecido no dia 15.08.1999, na cidade de Marília, SP. O destaque da obra vai para o papel da Força Expedicionária Brasileira – FEB na 2ª Guerra Mundial, da qual José Arnaldo participou como Cabo do Exército e narrou, nos mínimos detalhes, as batalhas em que se viu envolvido, em um Diário incorporado a esta. Uma situação que me chamou a atenção foi a diferença de tratamento recebido entre os Batalhões. Até na guerra há as preferências, as discriminações, os protecionismos. Isso torna a guerra ainda mais triste e selvagem. Este livro do, também, jornalista Cláudio Amaral em colaboração com a sua esposa Sueli Bravos Amaral, filha do biografado, que hoje comentamos, possui grande valor histórico e documental, indicado para interessados em biografias, histórias bélicas, no desenvolvimento urbano de Marília e região, enfim para aqueles que apreciam a leitura de modo geral, dadas a naturalidade da escrita, aos fatos curiosos e bons exemplos morais apresentados. |
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