Escrito por Rodrigo Gasparini FrancoNo cenário do trânsito brasileiro, algumas infrações se destacam não apenas pela frequência com que ocorrem, mas também pela complexidade que envolve seu processo de autuação e as possibilidades de recurso. Entre as mais debatidas estão o uso de celular ao volante, o avanço de sinal vermelho e a parada sobre a faixa de pedestres. Compreender os detalhes dessas infrações e os caminhos para contestá-las é fundamental para qualquer condutor.
O uso do celular enquanto dirige, por exemplo, é uma infração que tem gerado inúmeras autuações. Considerada gravíssima, ela não se restringe apenas a falar ao telefone, mas abrange qualquer manipulação do aparelho, como digitar mensagens, navegar em aplicativos ou até mesmo segurá-lo. A dificuldade em comprovar a infração de forma inequívoca, muitas vezes baseada apenas na observação do agente de trânsito, abre precedentes para questionamentos. A ausência de provas fotográficas ou de uma descrição detalhada e objetiva da conduta no auto de infração pode ser um ponto crucial para a defesa do motorista. Similarmente, o avanço de sinal vermelho e a parada sobre a faixa de pedestres são infrações que, embora muitas vezes flagradas por sistemas eletrônicos, também podem ser passíveis de recurso. No caso do avanço de sinal, é essencial verificar a regularidade do equipamento de fiscalização, sua homologação e a clareza da sinalização no local. Problemas como semáforos com visibilidade prejudicada, posicionamento inadequado do radar ou a ausência de uma imagem que comprove a transposição da linha de retenção podem invalidar a multa. Para a parada na faixa de pedestres, a defesa pode se basear em situações de trânsito intenso que impossibilitaram a parada antes da faixa, ou em falhas na sinalização horizontal. Para recorrer dessas e de outras multas, o condutor dispõe de três etapas principais. A primeira é a Defesa Prévia, apresentada logo após o recebimento da Notificação de Autuação. Nesta fase, são verificados erros formais no preenchimento do auto, como dados incorretos do veículo ou do local da infração. Caso a defesa prévia seja indeferida ou não seja apresentada, o próximo passo é o Recurso em Primeira Instância, direcionado à JARI (Junta Administrativa de Recursos de Infrações). Aqui, o motorista pode apresentar argumentos mais elaborados, com provas e fundamentação legal, contestando o mérito da autuação. Se a JARI também indeferir o recurso, ainda há a possibilidade de apresentar o Recurso em Segunda Instância ao CETRAN (Conselho Estadual de Trânsito). Em todas as etapas, é crucial apresentar argumentos claros, objetivos e, sempre que possível, acompanhados de provas que corroborem a defesa, como fotos do local, vídeos ou documentos que comprovem a irregularidade da autuação.
0 Comments
Escrito por Rodrigo Gasparini FrancoA decisão recente que obrigou um grande banco a indenizar uma cliente vítima de golpe por reconhecimento facial reacende o debate sobre segurança digital, responsabilidade das instituições financeiras e a exposição dos consumidores diante de tecnologias de autenticação. Esse episódio, somado a outros ocorridos em diferentes regiões do país, revela uma contradição inquietante: a biometria — vendida como barreira final — tem sido justamente o ponto explorado por criminosos cada vez mais sofisticados. Mais do que o montante perdido, o caso reforça a ideia de que o risco das operações digitais deve cair sobre quem oferece e lucra com o serviço, não sobre clientes que quase nunca dispõem de meios técnicos para se defender.
Nos últimos anos, bancos apostaram no reconhecimento facial como promessa de maior segurança e conveniência. A lógica parecia inquestionável: traços únicos, difíceis de reproduzir, garantiriam transações confiáveis. Na prática, porém, surgiram métodos capazes de contornar esses sistemas — imagens adulteradas, deepfakes, vídeos fraudulentos e mesmo ferramentas de inteligência artificial usadas para enganar sensores. Consumidores, confiantes na tecnologia, foram surpreendidos por esquemas complexos e de difícil prevenção. No processo em questão, a titular constatou transferências substanciais sem sua autorização. A instituição sustentou que os procedimentos seguiram protocolos e que a aprovação só poderia ocorrer com a biometria legítima. O Judiciário, entretanto, entendeu de maneira diversa: caberia ao banco assegurar a efetividade da proteção que ele mesmo oferta. Havendo falha no mecanismo, a vítima não deve arcar com o prejuízo. Não é aceitável atribuir a um usuário leigo a responsabilidade por vulnerabilidades fora de seu controle. Esse entendimento acompanha uma tendência no país. Antes prevalecia a ideia de que fraudes eletrônicas configuravam fortuito externo, imprevisto independente das instituições. Com o aumento dos casos e a percepção de que a digitalização gera lucro às instituições, a jurisprudência tem apontado que o risco é inerente à atividade financeira. O setor exige confiança absoluta; e a assimetria entre empresas tecnológicas e consumidores reforça o dever de proteção. Embora os bancos adicionem camadas extras de autenticação, os golpistas também evoluem; cada barreira é testada e contornada. Nessa corrida tecnológica, o papel do Judiciário é crucial: impor limites, garantir reparações e evitar que a vítima seja transformada em culpada. Decisões que condenam ao ressarcimento e indenização por danos morais enviam sinal claro: quem lucra com a segurança deve arcar com os riscos. O precedente não encerra o debate, mas pressiona o setor a melhorar práticas urgentemente. Escrito por Rodrigo Gaparini FrancoO aumento do vício em jogos online, como o popular “jogo do tigrinho”, tem gerado impactos reais na saúde mental e na vida profissional de muitos brasileiros. Esse fenômeno, que ganhou força nos últimos anos, não só compromete o orçamento de famílias, mas também tem levado trabalhadores a desenvolverem quadros de ansiedade, depressão e outros transtornos psicológicos. Diante desse cenário, cresce o número de pessoas que buscam o auxílio-doença do INSS após serem diagnosticadas com problemas de saúde relacionados ao uso compulsivo desses jogos.
O auxílio-doença, atualmente chamado de auxílio por incapacidade temporária, é um benefício previdenciário destinado a segurados do INSS que, por motivo de doença ou acidente, ficam temporariamente incapazes de exercer suas atividades profissionais. Para ter direito ao benefício, é necessário manter a qualidade de segurado, cumprir a carência mínima de 12 contribuições mensais (salvo em casos de acidente ou doenças graves) e apresentar laudos médicos que comprovem a incapacidade. No caso de transtornos mentais causados pelo vício em jogos, o diagnóstico deve ser feito por médico psiquiatra, podendo contar também com relatórios de psicólogos, e o trabalhador precisa apresentar atestados, exames e, preferencialmente, um histórico de acompanhamento terapêutico. O INSS tem reconhecido, em algumas situações, o direito ao auxílio-doença para quem apresenta transtornos mentais relacionados ao uso excessivo de jogos online, desde que haja comprovação médica robusta e que o segurado esteja em dia com suas contribuições. O processo não é automático: o trabalhador deve solicitar o benefício pelo Meu INSS e, em geral, passar por perícia médica, onde o perito avaliará se a condição realmente impede o exercício da atividade profissional. Caso o pedido seja negado, é possível recorrer administrativamente ou até mesmo buscar a via judicial, apresentando novos documentos e laudos que reforcem a necessidade do afastamento. É fundamental que o segurado busque ajuda médica assim que perceber sinais de dependência, como insônia, irritabilidade, queda de rendimento no trabalho, isolamento social e prejuízo nas relações familiares. O acompanhamento psicológico e psiquiátrico não só contribui para a recuperação, mas também fortalece o pedido junto ao INSS, demonstrando que o tratamento está sendo seguido e que a incapacidade é real. A informação e o acesso ao tratamento adequado são essenciais para garantir o direito ao benefício e a recuperação da saúde. O vício em jogos online é um problema atual, que exige atenção e cuidado, e a legislação previdenciária pode ser uma aliada importante para quem precisa de tempo e apoio para se reerguer. RIBEIRÃO PRETO LIDERA A LISTA DE DESTINOS NACIONAIS COM HOTÉIS 5 ESTRELAS QUE CABEM NO ORÇAMENTO31/7/2025 Para viajantes que buscam o conforto e os benefícios premium de hotéis 5 estrelas sem o preço exorbitante, novos dados do Hotel Price Index da Hoteis.com revelam algumas opções surpreendentes e atraentes em todo o Brasil. Este relatório anual destaca destinos onde acomodações de luxo oferecem valor excepcional, desafiando a impressão de que experiências 5 estrelas estão sempre fora do orçamento.
Em primeiro lugar, oferecendo a melhor relação custo-benefício para estadias de luxo, está Ribeirão Preto, com uma diária média de 5 estrelas por apenas R$ 280. Ribeirão Preto, famosa por suas cervejarias no interior de São Paulo, destaca-se como exemplo de luxo acessível com opções de Spa, assim como no Matiz Vilaboim Ribeirão Preto, por exemplo. Atrás de Ribeirão, o levantamento também listou outros destinos 4 ou 5 estrelas com preços acessíveis, incluindo: - Manaus: Porta de entrada da Amazônia, com diárias médias de R$ 280, o Mural Living Hotel Manaus é uma das opções mais econômicas de hotel 4 estrelas, com decoração artística e restaurante, próximo ao Teatro Amazonas. - Curitiba: Conhecido por suas atrações culturais diferenciadas, com diárias de R$ 455. O Bourbon Hotel e Suítes Curitiba conta com 3 restaurantes diferentes com diversas opções no buffet, piscina para relaxar e aproveitar o dia e, para os visitantes que não conseguem escapar da academia, há um espaço para se exercitar mesmo durante as férias. - Recife: A charmosa capital de Pernambuco, com suas praias urbanas, oferece estadias 5 estrelas por R$ 706 no charmoso Hotel Atlante Plaza, com uma piscina de tirar o fôlego com vista para o mar e um bar para relaxar e curtir uma boa conversa à noite, além de acesso VIP com vantagens para associados. Essas descobertas indicam que os viajantes podem desfrutar do conforto e das comodidades de hotéis de primeira linha em diversas cidades brasileiras sem gastar muito. Escrito por Rodrigo Gasparini FrancoO distrato imobiliário, que é quando você desiste da compra de um imóvel antes de receber as chaves, é algo bem comum no Brasil. Seja por causa de problemas financeiros, mudanças de planos ou até mesmo por atrasos na obra, muitas pessoas acabam passando por isso. Para deixar tudo mais claro e justo, existe uma lei, a Lei do Distrato Imobiliário (Lei nº 13.786/2018), que estabelece as regras para essa situação.
Essa lei diz que, se você desistir da compra, a empresa pode ficar com uma parte do dinheiro que você já pagou. Geralmente, esse valor pode ser de até 25% do que foi pago. Mas, se o empreendimento tiver uma proteção especial chamada "patrimônio de afetação" (que garante que o dinheiro da obra seja usado só para ela), a empresa pode reter até 50%. O restante do dinheiro deve ser devolvido em até 180 dias depois que o distrato for assinado. Se a empresa demorar para pagar, ela terá que corrigir o valor e pagar juros. É bom saber que, em alguns casos, a Justiça tem diminuído essas multas, principalmente se o comprador estiver passando por uma situação financeira muito difícil ou se a empresa fez promessas que não cumpriu. Mas tem situações em que você tem direito a receber 100% do valor de volta. Isso acontece, por exemplo, se a empresa não cumprir o que prometeu no contrato, como atrasar muito a entrega do imóvel ou mudar as condições de venda sem avisar. Se o terreno que você comprou tiver problemas de documentação ou não estiver regularizado, você também tem direito a receber todo o dinheiro de volta, sem nenhum desconto. E se a empresa mudar as condições de venda de um jeito que te prejudique, como aumentar os preços ou mudar as regras de financiamento, você também pode pedir o distrato e receber tudo de volta. É importante lembrar que, mesmo que você desista da compra sem que a empresa tenha culpa, a parte que ela retém do seu dinheiro precisa ser justa. Cláusulas que permitem à empresa ficar com todo o valor pago ou cobrar multas muito altas são consideradas abusivas. O Código de Defesa do Consumidor está aí para te proteger e permite que você conteste essas cobranças na Justiça. Por isso, antes de tomar qualquer decisão, é fundamental ler bem o seu contrato. Se for preciso cancelar a compra, faça o pedido por escrito. E se sentir que seus direitos não estão sendo respeitados, procure um advogado. O distrato imobiliário é um direito seu, mas é preciso ficar atento às regras para garantir que tudo seja feito da forma correta. Escrito por Rodrigo Gasparini FrancoO aumento abusivo em planos de saúde impacta muitos brasileiros, que enfrentam reajustes financeiros inesperados e, muitas vezes, sem justificativa. Apesar da regulamentação, operadoras impõem aumentos que comprometem o orçamento familiar, levantando questões sobre a proteção dos direitos do consumidor.
Reajustes ocorrem por mudanças na faixa etária, custos médicos e atualizações da ANS. O problema se agrava quando extrapolam a razoabilidade, desafiando a boa-fé e transparência do Código de Defesa do Consumidor (CDC). A legislação exige relações de consumo equilibradas, e práticas abusivas colocam o consumidor em desvantagem. O reajuste por faixa etária, especialmente para idosos, é sensível. A Lei dos Planos de Saúde permite, mas exige critérios objetivos e detalhamento no contrato. O Estatuto do Idoso proíbe discriminação por idade, incluindo aumentos que inviabilizem o plano. Reajustes desproporcionais podem ser contestados judicialmente. O reajuste anual também é importante. Em planos individuais/familiares, a ANS autoriza. Em coletivos, operadoras e empresas negociam, resultando em aumentos maiores e menos transparentes. O consumidor deve estar atento às cláusulas contratuais e exigir informações detalhadas sobre os critérios de reajuste. Diante de um aumento abusivo, o consumidor deve buscar informações na operadora, solicitando a planilha de custos e verificando a conformidade com as normas da ANS ou contrato. Se a operadora se recusar, o consumidor pode registrar reclamação em órgãos de defesa do consumidor, como o Procon. Se a resolução administrativa falhar, o consumidor pode ingressar com ação judicial para questionar o aumento abusivo. Com um advogado especializado, é possível reunir provas, analisar o contrato e desenvolver uma estratégia jurídica. Tribunais frequentemente reconhecem a abusividade de reajustes desproporcionais, determinando a revisão dos valores com base na razoabilidade e proporcionalidade. Além disso, o consumidor pode buscar a devolução dos valores pagos a mais, se o aumento abusivo for comprovado. A devolução pode ser simples ou em dobro, conforme o artigo 42 do CDC, especialmente em casos de má-fé da operadora. A proteção contra aumentos abusivos exige vigilância, informação e ação. Conhecer os direitos e buscar auxílio jurídico são essenciais para evitar prejuízos financeiros e garantir o acesso à saúde, um direito fundamental. Lutar por condições justas é um exercício de cidadania que beneficia toda a sociedade. Escrito por Maria Aparecida PereiraUma nova forma de violência silenciosa, ou melhor, ensurdecedora, ganha cada vez mais espaço: a poluição sonora causada por motociclistas que, por escolha própria, adulteram os escapamentos de seus veículos em nome de uma falsa sensação de liberdade. Para alguns pode soar como afirmação pessoal, mas para a maioria representa um ataque ao sossego público e à própria saúde da população.
É inadmissível que, moradores precisem disputar com o barulho de motos adulteradas o direito de descansar, de conversar, de viver em paz em seus próprios lares. Mais grave ainda é a sensação de impunidade que acompanha esses atos: apesar de a legislação ser clara, falta fiscalização e sobra tolerância para um problema que é tanto social quanto ambiental. O Código de Trânsito Brasileiro é explícito ao considerar grave a condução de veículos com características alteradas, como no caso dos escapamentos modificados. As penalidades incluem multa, pontos na carteira e retenção do veículo, punições que, se fossem efetivamente aplicadas, talvez já tivessem reduzido esse comportamento nocivo. No entanto, sem fiscalização constante e eficaz, a lei se torna letra morta, e a perturbação sonora segue crescendo pelas ruas. Além do incômodo evidente, há consequências mais profundas e perigosas. A exposição constante ao barulho intenso afeta a saúde auditiva, provoca estresse, distúrbios do sono e compromete a qualidade de vida. O próprio condutor, que acredita estar “se destacando”, compromete sua audição e coloca outros em risco ao chamar atenção em ambientes urbanos já sobrecarregados de ruídos. O problema, no entanto, não se limita à falta de consciência individual. Ele revela uma falha estrutural no poder público, que precisa agir com firmeza e responsabilidade. Cabe à Prefeitura, em conjunto com a Polícia Militar, não apenas aplicar as penalidades previstas em lei, mas também coibir o comércio de escapamentos adulterados, combater oficinas irregulares e promover ações de conscientização contínuas, sem abrir mão da punição quando necessário. Não se trata apenas de aplicar multas. Trata-se de restaurar o direito coletivo à paz, ao descanso e ao respeito mútuo. O silêncio, muitas vezes desvalorizado, é parte fundamental da saúde mental e do bem-estar de todos. E ele não pode continuar sendo destruído por um barulho que grita impunidade. Escrito por Rodrigo Gasparini FrancoEstratégias jurídicas para recursos e defesas em infrações de trânsito têm ganhado relevância no Brasil, devido ao aumento das fiscalizações e à complexidade das normas de trânsito. Motoristas frequentemente buscam alternativas legais para contestar multas, seja por acreditarem em erros na autuação ou para evitar impactos financeiros e na pontuação da carteira de habilitação. Nesse cenário, conhecer as principais estratégias de defesa é essencial.
Todo motorista tem o direito de recorrer, e o processo administrativo de trânsito é dividido em três etapas: defesa prévia, recurso em primeira instância junto à Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI) e, se necessário, recurso em segunda instância ao Conselho Estadual de Trânsito (CETRAN) ou outros órgãos competentes. Cada fase permite questionar a autuação, mas é crucial respeitar prazos e exigências formais. Infrações como excesso de velocidade, avanço de sinal vermelho, estacionamento irregular e uso do celular ao volante estão entre as mais recorrentes. Muitas defesas se baseiam em falhas no processo de autuação. Por exemplo, em multas por excesso de velocidade, pode-se questionar a calibração do radar ou a ausência de sinalização adequada. No caso de avanço de sinal, imagens ou vídeos podem revelar inconsistências, como problemas técnicos no semáforo ou registros pouco claros. A identificação do condutor é outro ponto relevante. Quando o veículo é multado, a notificação é enviada ao proprietário, mas ele pode não ser o responsável pela infração. Nesse caso, é possível indicar o real infrator dentro do prazo estipulado. Essa estratégia é especialmente útil para empresas com frotas de veículos, já que a não identificação do condutor pode gerar penalidades adicionais. A análise detalhada da notificação de infração é fundamental. Erros no preenchimento do auto de infração, como ausência de informações obrigatórias ou dados incorretos, podem anular a multa. É essencial verificar se todos os elementos exigidos pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estão presentes, como descrição da infração, local, data, hora e identificação do agente autuador. Defesas bem-sucedidas também utilizam argumentos técnicos e jurídicos sólidos. Princípios constitucionais, como o direito ao contraditório e à ampla defesa, podem ser invocados. Além disso, é possível questionar a legalidade de atos administrativos, como a instalação de radares sem regulamentação ou mudanças no trânsito sem estudos técnicos. Argumentos bem fundamentados podem ser decisivos. Embora o processo administrativo seja acessível a qualquer cidadão, contar com um especialista em direito de trânsito aumenta as chances de sucesso. Advogados especializados em Direito de Trânsito conhecem as nuances da legislação e identificam falhas que podem passar despercebidas. Eles também elaboram defesas robustas, utilizando jurisprudências e precedentes que reforcem os argumentos. Recorrer de multas de trânsito é um direito e uma oportunidade de garantir que penalidades sejam aplicadas de forma justa e dentro da lei. Com atenção aos detalhes, conhecimento das normas e estratégias bem elaboradas, é possível reverter autuações, evitar prejuízos e preservar a regularidade da habilitação. Escrito por Rodrigo Gasparini FrancoEm um cenário econômico desafiador, muitos microempreendedores e pequenos empresários buscam maneiras de otimizar seus custos e aumentar a rentabilidade de seus negócios. Uma das estratégias mais eficazes para alcançar esse objetivo é a redução de tributos e encargos trabalhistas. Abaixo apresento algumas dicas práticas que podem ajudar nesse processo.
Primeiramente, é fundamental que o empresário conheça bem o regime tributário em que sua empresa está inserida. No Brasil, existem diferentes opções, como o Simples Nacional, o Lucro Presumido e o Lucro Real. O Simples Nacional, por exemplo, é uma alternativa vantajosa para micro e pequenas empresas, pois unifica diversos tributos em uma única guia e oferece alíquotas reduzidas. Realizar um planejamento tributário adequado pode resultar em uma economia significativa. Por isso, consultar um advogado especializado é essencial para entender qual regime é mais benéfico para o seu negócio. Outra estratégia importante é a correta classificação das despesas. Muitas vezes, empresários deixam de aproveitar deduções fiscais por não registrarem adequadamente suas despesas. É crucial manter um controle rigoroso sobre todos os gastos da empresa, desde contas de luz e água até despesas com materiais e serviços. Ao categorizar essas despesas corretamente, é possível reduzir a base de cálculo dos tributos, resultando em uma carga tributária menor. Além disso, o empresário deve estar atento às oportunidades de incentivos fiscais oferecidos por governos federal, estadual e municipal. Existem programas que visam estimular o desenvolvimento de pequenas empresas, como isenções e reduções de impostos em determinadas regiões ou setores. Pesquisar e se informar sobre esses incentivos pode ser uma forma eficaz de aliviar a carga tributária. No que diz respeito aos encargos trabalhistas, uma das principais dicas é a formalização da empresa e a regularização da situação dos colaboradores. Embora possa parecer um custo adicional, a formalização traz benefícios a longo prazo, como a possibilidade de acessar linhas de crédito e participar de licitações. Além disso, a contratação de profissionais por meio de contratos de prestação de serviços pode ser uma alternativa para reduzir encargos, desde que respeitadas as legislações trabalhistas. Outra opção é a adoção do regime de trabalho intermitente, que permite a contratação de funcionários para períodos específicos, reduzindo os custos com encargos trabalhistas. A implementação de programas de capacitação e treinamento para os funcionários também é uma estratégia valiosa. Investir na formação da equipe pode aumentar a produtividade e, consequentemente, a rentabilidade do negócio. Funcionários bem treinados tendem a cometer menos erros e a serem mais eficientes, o que pode resultar em uma redução de custos operacionais. A negociação com fornecedores também é uma prática que pode gerar economia. Estabelecer parcerias sólidas e buscar condições mais favoráveis de pagamento pode ajudar a reduzir os custos com insumos e serviços. Além disso, o empresário pode considerar a compra em maior volume para obter descontos, mas é importante avaliar se essa estratégia não comprometerá o fluxo de caixa. Por fim, a tecnologia pode ser uma grande aliada na redução de custos. A automação de processos, por exemplo, pode diminuir a necessidade de mão de obra e aumentar a eficiência operacional. Ferramentas de gestão financeira e de controle de estoque ajudam a monitorar gastos e a identificar áreas onde é possível economizar. Em resumo, a redução de tributos e encargos trabalhistas é uma tarefa que exige planejamento e conhecimento. Ao adotar estratégias como a escolha do regime tributário adequado, a correta classificação de despesas, a busca por incentivos fiscais, a formalização da empresa e a negociação com fornecedores, o microempreendedor pode não apenas reduzir custos, mas também garantir a sustentabilidade e o crescimento do seu negócio. Com dedicação e informação, é possível enfrentar os desafios do mercado e prosperar. Escrito por Cezar Augusto BatistaO autor Aluísio Tancredo Belo Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís do Maranhão, MA, em 14 de abril de 1857 e faleceu em Buenos Aires, Argentina em 21 janeiro de 1913. Jornalista, escritor, diplomata, caricaturista e membro fundador da Academia Brasileira de Letras, Cadeira nº 04, cujo Patrono é Basílio da Gama.
Apenas por curiosidade: Artur Azevedo (1855-1908), também escritor, era seu irmão, enquanto o poeta Álvarez de Azevedo (1831-1852), pelo que se pesquisou, não era parente dos Azevedos do Maranhão. Os seus romances mais conhecidos são: O mulato (1881), Casa de pensão (1884) e este sobre o qual falaremos, lançado em 1890. Trata-se de um excelente retrato do Rio de Janeiro do século XIX, em especial das classes mais baixas, destacando-se pouco as emergentes, se é que podemos assim denominar. Nesse caso – emergente - é citada uma família que vem morar ao lado de um cortiço, onde se passa a maior parte da história, com riquezas de detalhes entristecedores, dada a nudez dos fatos descritos, e cujo patriarca, com poucos recursos financeiros, consegue o título de Barão, conquista essa não bem explicada. A autoestima do homem, agora barão, é elevada com a distinção, em se comparando com a do proprietário do cortiço, pequeno comerciante local que enriquece com muito trabalho e sovinice e vai construindo o que se transforma na propriedade alugada aos moradores simples e de pouca posse, na sua maioria imigrantes portugueses, negros e alguns poucos italianos. O comerciante e proprietário imobiliário que sempre se sentira maior que o vizinho, agora passa a ter inveja do mesmo e fica se amargurando, pensando se valeu a pena ser tão miserável e não viver a não ser para o trabalho. Era amasiado com uma mulher, que também só pensava em trabalhar e não tinham filhos, enquanto o outro constituíra uma família nos moldes tradicionais. Outro aspecto que me chamou a atenção foram certas abordagens do autor, que hoje poderiam ser enquadradas como racismo, algumas, e outras como homofobia. As festas, as bebedeiras, as amizades, as traições, as brigas, assim como a fraternidade e o auxílio mútuo entre os moradores do cortiço e mostrados no livro, para mim, representam o início das favelas ou comunidades hoje existentes na maioria das cidades brasileiras. Com uma grande e importante diferença: a não citação sobre drogas ilícitas, hoje motivos de declínio do homem, da família e, consequentemente, da sociedade. Alguns religiosos do século passado ou que ainda seguem os “Puritanos” do credo presbiteriano rigorista praticado na Grã-Bretanha no século XVI, consideram os meus livros muito fortes no sentido de luxúria, em especial os: “Sangue e Sedução”, “O desfecho, “Jack, o pequeno sedutor”, contudo “O cortiço” publicado em 1890 não fica atrás deles nesse aspecto. Há cenas explícitas de adultério, de lesbianismo, bem recheadas de sensualidade e praticadas nos campos ou nas alcovas. Nos livros clássicos ou de literatura regional, sempre se encontram termos diferentes que, normalmente, não são muito utilizados. No “O cortiço”, a princípio não prestei atenção neles, depois passaram a me despertar maior curiosidade, e cito alguns: surumbamba, dobadoura, farândola, petrópolis, martelo. Estupenda descrição, até mesmo poética, da chegada da menstruação de uma adolescente. Nunca li algo semelhante e não posso colocá-la aqui, dada a extensão do texto. E assim decorre a obra, transmitindo grande tristeza o tempo todo, e poucas alegrias, encaixando-se no contexto do naturalismo, corrente literária baseada na radicalização do realismo, com um final dentro do esperado. |
Gazeta RibeirãoO Gazeta Ribeirão surgiu em 1994, é um jornal informativo, com tiragem de 6.000 exemplares, editado mensalmente, com distribuição gratuita. Arquivos
October 2025
Categorias
All
|
RSS Feed