Escrito por Cezar Augusto BatistaCom capa baseada na pintura de 1905 – os trabalhadores italianos em greve, de Giuseppe Pelizza da Volpedo (28/07/1868 – 14/06/1907) – o texto lembrou-me alguns livros do famoso escritor russo Fiódor Dostoiévski (11/11/1821 – 09/02/1881).
Entretanto, trata-se de romance francês do grande Émile Zola (12/04/1840 – 29/09/1901), onde a conjuntura mais explorada é a luta desigual entre o capital e o trabalho. O autor faleceu há mais de cento e treze anos, e ainda vemos, principalmente nos países subdesenvolvidos, muitos trabalhadores exercendo suas atividades em regime de escravidão, inclusive menores de idade. De vez em quando recebemos notícias de crianças brasileiras trabalhando como adultos e em condições desumanas. Aborda, não profundamente, o trabalho e a importância da Internacional Socialista, associação de lideranças sindicais e ativistas socialistas, fundada em 1861 e funcionando até 1871, depois de 1889 a 1916 e de 1919 em diante. No Brasil, um membro dela que se destacou foi o engenheiro Leonel de Moura Brizola, ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. Outro ponto chamativo da minha atenção foi o fato de que já naquela época as mulheres, por extrema necessidade, trabalhavam como e junto aos homens nas minas de carvão, da região de Lille, na França. A vida sexual, comentada de há muito tempo como iniciada cada vez mais cedo, já era assim naqueles dias, com a grande diferença de que, mesmo sem serem casadas, a maioria das mulheres guardavam o respeito pelos amantes. Livro muito bom, tido como a obra-prima de Zola, para quem aprecia a leitura e para quem gosta de escrever. Estes deslancharão ou aposentarão, de vez, a pena.
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